Fui passar pela catraca e o cartão deu “sem saldo suficiente”. Bufei internamente e fui verificar na maquininha da parede quanto foi o meu erro de cálculo. Eu tinha 1,35, era 6:00 da manhã de quarta-feira e eu tinha 20 reais pra aguentar até sexta, quando eu iria pra casa da minha mãe pegar dinheiro. Não tem posto de recarga do bilhete no terminal Mauá então eu tinha que comprar uma passagem inteira. Fui fazendo os cálculos na fila: 20 menos 3,80 daquela ida, menos (1,90 vezes (uma volta mais duas passagens da sexta; quinta tem paralisação, ainda bem) três) 5,70, menos (duas vezes 3,80 do ônibus em Mauá (porque eu ainda não resolvi essa merda?)) 7,60, menos 4 do ônibus de Itapevi, menos 3 e... ah, vou por 4, nunca lembro se tá 35 ou 85.
- Moça, me dá um trocado?
Dei minha nota de vinte pro caixa e fiz sinal para uma só passagem.
- Moça, tem um trocado pra interar a passagem?
Eu tava segurando minha bolsinha de moedas e um copinho plástico de café com leite que eles dão no terminal de ônibus e fui tentando guardar meu troco.
- Moça! Então que Deus te abençoe e que nunca te falte nada.
Moço, já está faltando!
- Moça, me dá um trocado?
Dei minha nota de vinte pro caixa e fiz sinal para uma só passagem.
- Moça, tem um trocado pra interar a passagem?
Eu tava segurando minha bolsinha de moedas e um copinho plástico de café com leite que eles dão no terminal de ônibus e fui tentando guardar meu troco.
- Moça! Então que Deus te abençoe e que nunca te falte nada.
Moço, já está faltando!