evig: (diário)
Juliet ([personal profile] evig) wrote2021-01-10 06:17 pm
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Não sou nostálgica

 A muito tempo atrás, eu fazia resuminhos baseados em scrapbook das mídias e produtos culturais que eu consumia ao longo do ano. Isso deixou de fazer sentido pra mim, talvez pelo mesmo motivo que blogar deixou de fazer certo sentido. Desde 2018 eu tenho tentado - sem sucesso - manter uma espécie de diário histórico, nem preciso dizer os motivos. Eis que 2020 superou os anos de ansiedade e angústia e todo mundo foi afetado em todas as áreas da vida. Muita gente aproveitou para ler mais, fazer cursos, ver mais filmes, maratonar séries, etc. na prática, poucos conseguiram "aproveitar" esse tempo que parecia abundante e se mostrou tão ou mais escasso que nos dias "normais". O que mais saltou aos olhos meus e dos meus colegas de faculdade foi a falta de foco para leitura, o cansaço com a internet e com as aulas online. Não vou nem falar dos inúmeros outros problemas (dinheiro, rotina, família). 

Não descobrimos ainda os motivos dessa falta de foco para a leitura. Meus professores não conseguiam mais manter suas leituras como antes. Cansaço de ambas as partes. 

Como todo mundo, no início eu me inscrevi em dezenas de cursos online, planejei estudar isso e aquilo e no fim, mal acompanhei as obrigações da faculdade... Até ajudei minha mãe nos cursos que ela se inscreveu - em especial um de fotografia. Mas esse post não é para abrigar reclamações genéricas. É só mais um dos milhares de registros inúteis sobre os produtos culturais que consumi com alguns comentários.

Livros: Li ao todo treze livros. Li muita poesia. Não terminei A República de Platão, mas não tenho do que reclamar. 

Escritos: Escrevi alguns poemas no primeiro semestre e um conto para o LGBTemas, perfil do whatpadd. Mas desanimei depois. Participei por algumas semanas de um Grupo de Poesia da Quinta Série, postadas no facebook e no instagram, depois de uma grata participação minha no Simpósio de Poetas Bêbadoxs. Um dia eu organizo esses poemas...

Música: Definitivamente foi o ano da mpb para mim. Comecei a ouvir a discografia do Tom Jobim, alguns álbuns do Chico Buarque e João Gilberto, e de intérpretes de suas canções. Ao lado do pós-rock nosso de cada dia e da Chelsea Wolfe ainda fiz questão de priorizar artistas brasileiros independentes que gosto, obviamente por ser o único meio de poder ajudá-los com meus centavinhos de execução das músicas.

Áudio Visual: Nos últimos anos eu fui diminuindo as séries da minha vida, por falta de compromisso e gosto. Como antes, privilegiei as mini-séries e uma ou outra série documental que eu podia ver bem esporadicamente. O destaque fica para Queen' Gambit, já que este também foi o ano em que eu voltei (depois de mais de uma década) a jogar xadrez (e não foi por causa da série). 

De longe foi o ano em que mais vi filmes. De certo modo pela disponibilização de streaming de graça por certo período, mas também por que eu já vinha com essa vontade de ver mais filmes... em números, 264. Fiz uma conta no letterboxd, fiz cursos sobre cineastas e até fiz um trabalho em vídeo para uma disciplina na faculdade.

É só isso.

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